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Em dois anos, o número de brasileiros morando na Itália cresceu 84%. Segundo o Itamaraty, esse não é o único aumento expressivo. A procura pela cidadania italiana vem aumentando dia após dia e se intensificou durante os dois anos de pandemia, período em que as pessoas puderam dedicar parte do tempo à busca da documentação necessária ao processo. Ao que tudo indica, tornar-se um cidadão italiano passou a ser um projeto de vida para muitas pessoas, afinal, são muitos os benefícios proporcionados pelo reconhecimento da cidadania italiana. No entanto, é preciso destacar os deveres que passam a fazer parte da vida do novo cidadão. É o que esse texto se propõe a esclarecer.
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Quando recuperamos parte da história da nossa família, conhecendo nossos antepassados e os motivos que os levaram a deixar a terra natal e migrar para um país novo, desconhecido, em busca de uma vida melhor, estamos acessando não apenas memórias coletivas, mas também tomando posse de algo muito rico e que chamamos de herança cultural.
O reconhecimento da cidadania italiana é uma forma de acessarmos a tal herança cultural, passada de geração para geração, na maioria das vezes de forma oral. Sabemos que o nonno falava alto e com as mãos e que a nonna fazia delícias na cozinha, porém não sabemos de onde essa culinária vem. Esse parece um exemplo simples, mas real do que os descendentes de italiano presenciaram ao longo da vida. Por isso, quando falamos no reconhecimento da cidadania italiana, falamos na recuperação de direitos básicos, como essa herança tão importante para a nossa formação enquanto cidadão.
Ao buscarmos pela nossa origem, passeamos pela nossa história e, muitas vezes, nos surpreendemos com o resultado desse passeio. Falando especificamente sobre a cidadania italiana, testemunhamos frequentemente situações em que famílias esclarecem inúmeros mistérios existentes há anos, por meio de documentos obtidos ao longo do processo. Crenças sobre os integrantes da família são quebradas, porque a história verdadeira passa a ser conhecida. Novas pessoas passam a fazer parte da família, porque foram descobertas ao longo do processo.
O reconhecimento da cidadania italiana nos devolve um direito importantíssimo para a construção da nossa história, que é a possibilidade de juntarmos peças de um quebra-cabeças espalhadas por pelo menos dois continentes, nos permitindo tomar posse dessa história e fazer parte de uma nova comunidade: a comunidade italiana.
Um levantamento recente do Itamaraty mostrou que em 2 anos, o número de brasileiros morando na Itália cresceu 84%, saltando de 87.500 pessoas em 2018 para 161 mil em 2020. Além disso, o número de pessoas buscando serem reconhecidas como cidadãs italianas também vem aumentando, sendo identificado tanto nas filas de espera dos Consulados quanto nos processos judiciais.
O fato é que o reconhecimento da cidadania italiana nos proporciona o direito de fazermos parte não apenas da comunidade italiana, mas também da Comunidade Europeia. Isso significa poder morar, estudar e trabalhar em qualquer país que faça parte do acordo, acessar museus e outros ambientes de arte e cultura, entre outros benefícios. Em resumo, é uma porta aberta para um mundo repleto de oportunidades.
No entanto, ao se tornar um cidadão italiano, é muito importante estar atento a alguns deveres comuns aos novos italianos. O principal deles está ligado à legislação. Todo e qualquer cidadão italiano deve conhecer a Constituição, o que é ou não permitido no país. Além disso, é fundamental manter as informações civis devidamente atualizadas. Para os cidadãos italianos que moram fora do país, essa atualização é feita por meio do cadastro A.I.R.E.
A vida como cidadão italiano oferece oportunidades singulares e, ao mesmo tempo, exige de nós o comprometimento necessário para que possamos honrar a nossa nova casa.
